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Pandemia ganha força e campanhas de vacinação se aceleram

  • AFP - Estados Unidos registrou na sexta mais de 290.000 contágios em 24 horas

A pandemia de covid-19 está ganhando força em praticamente todo o mundo e na sexta-feira (8) voltou a bater recorde diário de infecções nos Estados Unidos, onde, como em outros países, a campanha de vacinação se acelera.Os Estados Unidos registraram mais de 290.000 infecções em 24 horas na sexta, de acordo com a Universidade Johns Hopkins, um dia depois de o país registrar um recorde diário de quase 4.000 mortes por covid-19.

"As vacinas nos dão esperança, mas sua distribuição tem sido uma farsa", declarou o presidente eleito, Joe Biden, a repórteres. Os Estados Unidos são o país do mundo mais atingido pela pandemia, com mais de 368.000 mortes e quase 22 milhões de infectados.Em Los Angeles, por exemplo, uma das áreas mais afetadas, uma pessoa morre de coronavírus a cada 15 minutos agora.A distribuição das vacinas será "o maior desafio operacional que enfrentaremos como nação", assegurou o presidente eleito que substituirá Donald Trump em 20 de janeiro.

A pandemia já deixou mais de 1,9 milhão de mortes e cerca de 88,8 milhões de infectados em todo o mundo desde seu aparecimento na China no final de 2019, de acordo com um balanço da AFP estabelecido com dados oficiais neste sábado (9).

Na Ásia, a situação também preocupa. As autoridades chinesas aumentaram as restrições de movimento em duas cidades próximas a Pequim para erradicar um foco de infecção. Essas restrições, que afetarão cerca de 18 milhões de pessoas em Shijiazhuang e Xingtai por uma semana, vêm antes do Ano Novo Chinês, que será celebrado em fevereiro, quando milhões de pessoas viajam para visitar familiares e amigos, o que faz temer um aumento das infecções. 

A China informou neste sábado que já administrou nove milhões de doses de sua vacina contra a covid-19.Na Austrália, a terceira cidade do país, Brisbane, começou hoje seu primeiro dia de confinamento, decretado pelas autoridades após a descoberta de um primeiro caso da variante britânica da covid-19. Apenas algumas pessoas com máscaras eram vistas nas ruas da cidade.

- Preocupação com novas cepas -

Duas novas variantes do coronavírus, que apareceram no Reino Unido e na África do Sul, estão causando preocupação mundial por serem muito mais contagiosas.A variante britânica já foi detectada em pelo menos oito estados dos Estados Unidos, onde foram registrados 63 casos dessa nova cepa, indicou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

O laboratório alemão BioNTech, no entanto, afirmou na sexta que a vacina que desenvolveu com a gigante americana Pfizer é eficaz contra uma "mutação-chave" nessas novas cepas. Apesar de meses de confinamento e medidas restritivas em todo o mundo, muitos países registram recordes de infecções e mortes nesse momento. Entre eles o Reino Unido, que anunciou 1.325 mortes e 68.053 casos em 24 horas na sexta-feira, o maior balanço desde o início da pandemia. 

Em Londres, os hospitais correm o risco de superlotação e "a disseminação do vírus está fora de controle", disse seu prefeito, Sadiq Khan. Os números vindos da América Latina e do Caribe também são preocupantes. A região ultrapassa 526.000 mortes e 16,3 milhões de infecções. O Brasil é o segundo país mais atingido pela covid-19 - atrás dos Estados Unidos -, com mais de 201.000 mortes. A Anvisa anunciou que recebeu formalmente na sexta o pedido de autorização para uso emergencial da vacina chinesa CoronaVac e a da AstraZeneca/Oxford.Na América Latina, a vacinação começou no México, Costa Rica, Chile e Argentina. 

O México registrou recorde de infecções pelo segundo dia consecutivo (14.362), e a capital, uma das regiões mais afetadas, prolongou o estado de alerta sanitário para o vírus e anunciou que manterá as atividades não essenciais suspensas. 

A Argentina decidiu restringir as atividades noturnas e a movimentação de pessoas, diante do aceleramento das infecções. Desde março, o país registrou mais de 44.000 mortes. No Peru, também foi relatado um primeiro caso da nova cepa britânica e na Bolívia o governo anunciou que as aulas começarão de forma virtual em todo o país no dia 1º de fevereiro devido a uma onda de infecções que impede os cursos presenciais. 

- Chamados da OMS - 

À medida que a corrida para imunizar as populações contra o coronavírus se acelera, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu aos países ricos que parem de assinar "acordos bilaterais" com laboratórios que produzem as vacinas. "50% dos países de alta renda estão vacinando agora", disse Bruce Aylward, conselheiro da OMS. "0% dos países de baixa renda estão vacinando. Não é justo". 

Essas declarações vêm no momento em que a União Europeia (UE) concluiu um acordo com a Pfizer/BioNTech para dobrar seu contrato de pré-compra, de 300 milhões para 600 milhões de doses. Neste momento, com as compras confirmadas, a UE pode vacinar 380 milhões de cidadãos, ou seja, 80% da sua população, segundo estimativas de Bruxelas. 

O Irã anunciou, por sua vez, que não confia em nenhuma das vacinas fabricadas pelos Estados Unidos (Pfizer/BioNTech, Moderna) e pelo Reino Unido (Astrazeneca/Oxford) e proibiu diretamente sua entrada no país. "Não podemos confiar neles. Não é impossível que eles queiram contaminar outras nações", disse o guia supremo, aiatolá Ali Khamenei.


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